A Pirâmide da BBom balança....

O Ministério Público (MP-RN) anunciou a abertura de inquéritos contra seis empresas por suspeita de pirâmide financeira. Segundo Murilo Moraes e Miranda em todo o Brasil, 13 empresas são investigadas atualmente por suspeita de pirâmide.

Com um argumento de que os pagamentos feitos a cada participante da rede depende exclusivamente do recrutamento feito por ele de novos associados, a Justiça Federal suspendeu os pagamentos e bloqueou os bens dos donos da Telexfree, que informa comercializar pacotes de telefone por internet (VoIP, na sigla em inglês). 

Todos negam irregularidades e entraram com um mandado de segurança contra a decisão que, na última segunda-feira, manteve o bloqueio.

Recentemente a Justiça Federal Brasileira bloqueou as contas do BBom por suspeita de ser uma pirâmide financeira. A empresa, que tem cerca de 300 mil associados, é a segunda a ter as transações financeiras suspensas por esse motivo nas últimas 3 semanas. A decisão atinge as contas da Embrasystem, que usa os nomes fantasias BBom e Unepxmil, e da BBrasil Organizações e Métodos LTDA, bem como os bens dos sócios proprietários da Embrasystem e da Unepxmil. 

Em entrevista ao portal da iG , o diretor da BBom, Ednaldo Bispo, afirma não ter tido ainda acesso à decisão, mas irregularidades e diz que os pagamentos da empresa aos seus promotores continuam normalmente. “Eu penso que o nosso modelo de negócios não foi devidamente esclarecido. E eu até entendo a posição da Justiça. A gente não gosta, mas entende ... Vai ser a grande oportunidade de mostrar como funciona.”

A juíza substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, considerou que os pagamentos feitos a cada participante da rede “depende exclusivamente do recrutamento feito por ele de novos associados”, de acordo com nota divulgada no site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A BBom cobra dos revendedores taxas de adesão que variam de R$ 600 a R$ 3 mil. 

Outro fato levantado pela juíza e que a Embrasystem não tem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercializar os rastreadores de automóveis. O diretor da empresa afirma que os equipamentos são homologados. “A empresa que presta o serviço de monitoramento não precisa de homologação, mas o equipamento, sim. Nós temos todas as homologações feitas diretamente no fabricante.” O diretor da empresa firma que o faturamento da empresa é composto da venda de equipamentos de rastreadores e, no longo prazo, dos serviços de monitoramento.

Leia a Decisão: 

http://portal.trf1.jus.br/main.jsp?lumPageId=FF8080812F44B2D7012F49F15BD81315&query